Produções

Aqui estão algumas comunicações e produções científicas.

Mapa

Mapa elaborado usando GIMP, colorindo uma camada sobre o mapa de 2020 da Prefeitura de Belo Horizonte, retirado de https://prefeitura.pbh.gov.br/bhgeo/galeria-de-mapas, são quatro cores que dividem os bairros de Belo Horizonte em 4 categorias a partir da votação do Lula em cada bairro (dados organizados por Gabriel Zanlorenssi, disponíveis em: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1cI1gzxcAH4M0QBXhgnPydjOr9I7CL-yEjan31880fbU/edit). Em vermelho estão os bairros onde Lula recebeu mais que 55% dos votos; em laranja os que ele recebeu entre 45% e 55%, em amarelo a votação de Lula foi entre 35% e 45%; Por fim, de verde estão coloridos os bairros onde Lula não recebeu nem 35% dos votos.

Textos

JUVENTUDE E(M) MOVIMENTO: UMA TERAPIA PROBLEMATIZADORA DA BNCC

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial ao título de Mestre em Educação. O texto completo pode ser encontrado no Repositório Institucional da UFMG: http://hdl.handle.net/1843/60983

Resumo:
Em um cenário politicamente conservador e neoliberal inaugurado pelo golpe de 2016, foram elaboradas um conjunto de políticas públicas educacionais que chamamos de contra-reforma do Ensino Médio, cujo efeito mais significativo para nós é sua imposição curricular autoritária materializada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Neste marco esta dissertação tem como pergunta de pesquisa: De que forma o movimento cultural do hip-hop pode problematizar o jogo de linguagem bancário presente no currículo para o ensino médio imposto pela BNCC sobre a juventude brasileira? Assim, operamos uma atitude de pesquisa terapêutico problematizadora inspirada, de um lado na filosofia do segundo Wittgenstein e de outro, no pensamento e obras do pedagogo Paulo Freire, assim como ancorados na produção musical de quatro rappers de Belo Horizonte. As vozes de Djonga, FBC, nabru e Laura Sette participam da composição desta dissertação a partir de músicas que foram publicadas entre os anos de 2019 e 2022 e são mobilizadas enquanto jogos de linguagem vinculados ao movimento hip-hop com o intuito de sustentar uma problematização feita por nós aos jogos de linguagem autoritários das políticas públicas educacionais gestadas no seio de uma democracia deteriorada. Toda nossa escrita se transforma em manifesto, convite para luta e carta reivindicativa. Pois tal é a forma como vemos o movimento hip-hop contesta o mundo e denuncia a exploração e todas as formas de opressão. Essa forma é assumida na escrita desta dissertação: um texto a servir de arma popular de enfrentamento à imposição curricular autoritária, tecnicista e bancária expressa na BNCC, que é, para nós, um produto do neoliberalismo e neofascismo.

Palavras-chave: currículo; educação matemática; movimento hip-hop.

O PAPEL DO CURRÍCULO PARA O ENSINO MÉDIO COMO DISPOSITIVO DO PODER DISCIPLINAR NA GUERRA EPISTÊMICA CONTEMPORÂNEA

Artigo apresentado no VII Colóquio Foucault: a política neoliberal como guerra continuada. Os Anais do evento não ficaram disponíveis na internet, mas o site do evento é o seguinte: https://www.coloquiofoucault.com.br/

Resumo:
Esse trabalho busca analisar a emergência da Reforma do Ensino Médio, com destaque para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sobretudo seus efeitos nos corpos da juventude negra periférica, historicamente posicionada na mira do racismo de (do) Estado brasileiro. O golpe, aplicado com um modus operandi similar ao das revoluções coloridas, inaugurou uma nova ofensiva neoliberal que foi perceptível no campo (de batalha) da Educação (matemática). Nos perguntamos: Podemos considerar a BNCC como uma arma na guerra neocortical em curso no Brasil contemporâneo, além disso, quem são os e as combatentes dessa guerra? Para isso propomos uma terapia genealógica dos seguintes arquivos: BNCC e a música “Corte de Gastos” de autoria da rapper belo-horizontina nabru. O poder disciplinar é guerra neocortical prolongada por práticas curriculares imperialistas e diante disso concluímos que 'tá faltando muita gente' guerreando lado a lado contra o neoliberalismo e neofascismo que estão governando nosso país.

Palavras-chave:Base Nacional Comum Curricular; educação matemática; hip hop.

A PARRESÍA EM SALA DE AULA: UMA REBELDIA POSSÍVEL E NECESSÁRIA

Artigo publicado pela revista Criar Educação, v.10 n.2 em 2021, escrito por mim e pela minha orientadora Carolina Tamayo. Esse trabalho pode ser encontrado em http://periodicos.unesc.net/criaredu/article/view/6863

Resumo:
Este artigo parte de uma reflexão provocada pelo curso de verão “A Coragem da Verdade” promovido pela Faculdade de Educação da Unicamp. Neste trabalho pretende-se partir do conceito de parresía, do dizer-a-verdade, que Michel Foucault tratou em seu último curso no Collège de France e da educação dialógica defendida por Paulo Freire, para analisar a participação em sala de aula por estudantes de graduação do curso de Bacharelado em Matemática da Unicamp. Foram recebidos depoimentos de bacharelandos em matemática sobre suas percepções em sala de aula e com base em tais depoimentos e nos trabalhos de Foucault e de Freire pretende-se uma análise qualitativa que contribua para a compreensão das limitações da participação estudantil no seu próprio processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Ensino Superior, Educação Matemática, Michel Foucault, Paulo Freire.

LA JUVENTUD QUE HABLA CON EL ARTE, EL ARTE QUE HABLA DE LA JUVENTUD: LA BASE NACIONAL COMÚN CURRICULAR EN DEBATE

Trabalho apresentado no II Congreso de Currículum e Identidades Culturales em 2021, escrito por mim e pela minha orientadora Carolina Tamayo. Esse trabalho pode ser encontrado em https://www.even3.com.br/anais/emem2021/384541/https://artesyhumanidades.ucaldas.edu.co/blog/2021/05/03/ii-congreso-internacional-de-curriculum-e-identidades-culturales/

Resumo:
La presente ponencia tiene como objetivo presentar algunas reflexiones emergentes de una investigación de maestría en desarrollo en Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil). Algunas de las preguntas que nos atraviesan son: ¿Qué es una identidad cultural?¿Existe una esencia que diga lo qué puede o no ser una identidad cultural?¿Podría la juventud ser caracterizada con una identidad cultural propia? ¿Cuál es el papel que desarrolla el currículo escolar de la educación básica en la subjetividad de los jóvenes brasileños? Pensar sobre estos cuestionamientos nos permite problematizar la educación escolar disciplinar y disciplinadora que se manifiesta en la política pública brasilera: Base Nacional Común Curricular (BNCC). Para esto, movilizaremos diversos discursos presentes en obras artísticas de jóvenes de las periferias de Belo Horizonte (Brasil) en diálogo con estudios sobre la juventud. Asumimos lo que diversos estudios de la educación han denominado como actitud terapéutico genealógica inspirados en los modos de hacer y pensar la filosofía de Ludwing Wittgenstein y Michel Foucault para desarrollar esta investigación. El resultado que buscamos es tensionar la BNCC como un dispositivo de control de las subjetividades de los jóvenes brasileros para dejarnos llevar por una educación de carácter indisciplinar que baila con los ritmos de las ideas y discursos de la juventud.

Palavras-chave: Juventud. Base Nacional Común Curricular. Identidad. Educación.

A BNCC E A DEMOCRACIA NOS ANAIS DO VIII ENCONTRO MINEIRO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Trabalho apresentado no IX Encontro Mineiro de Educação Matemática em 2021, escrito por mim e pela minha orientadora Carolina Tamayo. Esse trabalho pode ser encontrado em https://www.even3.com.br/anais/emem2021/384541/

Resumo:
Esta comunicação traz a música “Nem Aí Pro Que Cês Chama de Arte” da artista belo-horizontina Nabru para dialogar com as Comunicações Científicas do VIII Encontro Mineiro de Educação Matemática, realizado em 2018, prescrutando a Base Nacional Comum Curricular e a Democracia. Pretendemos aqui uma problematização de nós, educadores e educadoras, matemáticos e matemáticas, e de nossas práticas. Para isto, assumimos teórico/metodologicamente a terapia de Ludwig Wittgenstein como uma atitude desconstrucionista, modo em que é praticada por diversos grupos de pesquisa no Brasil e na Colômbia. Assim apresentamos alguns elementos que nascem do processo de elaboração do estado da arte de uma pesquisa de mestrado em andamento, cujo objetivo é analisar a presença das demandas e das vozes de artistas jovens das periferias belo-horizontinas nas práticas educativas (matemáticas) escolares, tensionando as propostas curriculares prescritivas e antidialógicas para a Educação Matemática presentes na Base brasileira.

Palavras-chave: Base Nacional Comum Curricular. Democracia. Terapia Desconstucionista.

ETNOMATEMÁTICA E ECONOMIA SOLIDÁRIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Trabalho apresentado no VII Congresso Brasileiro de Educação em 2019, escrito por mim e pela minha então orientadora Renata Cristina Geromel Meneghetti. Esse trabalho pode ser encontrado em https://hospeda.fc.unesp.br/cbeunesp/anais/index.php?t=TC2019093333091

Resumo:
Este artigo aborda uma pesquisa realizada no contexto do processo de implantação de um Empreendimento em Economia Solidária (EES), a saber, uma horta orgânica em construção por um grupo de pacientes de uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas no interior de São Paulo. O trabalho tem o objetivo de explorar as relações entre a Economia Solidária, a Etnomatemática e o tratamento da dependência química, buscando evidenciar como a Etnomatemática se desenvolve nesse cenário e como favorece a consolidação do EES e o próprio tratamento da dependência. A pesquisa foi realizada na fase de implantação do EES, seguiu uma abordagem qualitativa e se enquadra na metodologia de pesquisa-ação. Os resultados obtidos na pesquisa mostram que a Etnomatemática pode contribuir no processo de construção de um EES, como é o caso da horta focalizada neste trabalho, e no tratamento da dependência química.

Palavras-chave: Etnomatemática. Dependência química. Economia solidária.

Vídeos

Desafios da Educação Superior no Brasil

Uma conversa com o Movimento Estudantil da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) no dia 10 de março de 2022, campus IV, a respeito dos desafios da educação superior pública no Brasil:

Aulão de Matemática pré ENEM

Na semana anterior ao ENEM 2021, gravei um aulão de revisão discutindo um pouco sobre o exame, está disponível no canal do cursinho popular Podemos Mais BH: